Fonte: Jornal GGN (http://www.jornalggn.com.br/blog/marcha-nacional-contra-o-genocidio-do-povo-negro-ocorrera-dia-22)
qua, 07/08/2013 – 13:13 – Atualizado em 08/08/2013 – 11:07
Jornal GGN – Entidades como Círculo Palmarino, Uneafro, Kilombagem e MNU (Movimento Negro Unificado) estão convocando para a Marcha Nacional contra o Genocídio do Povo Negro para o próximo dia 22, às 18h. Em nota publicada na convocação feita pelo Facebook, os organizadores do protesto afirmam que também lutarão contra o “racismo institucionalizado nas áreas da saúde – como a morte materna, responsável pelo falecimento de seis vezes mais negras do que de brancas durante o parto -, na falta de educação e investimento para o cumprimento da Lei da História da África nas escolas (lei 10.639)”, porque “a ausência de uma memória da história é também uma forma de matar”.
Assim como em todo o Brasil, a marcha paulista apoiará a corrente de protestos sobre o paradeiro do carioca Amarildo Dias de Souza, desaparecido há três semanas após ter sido detido para averiguação na Rocinha, zona sul do Rio, por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
A concentração da manifestação será no Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, s/nº, no centro de São Paulo. Até esta quarta-feira, o ato também está previsto para ocorrer em Salvador (BA), só que às 15h. Na capital baiana, a concentração será feita no Largo dos Aflitos.
Quem matou Ricardo?
Outra reivindicação que será abordada no protesto de São Paulo é a morte de um funcionário terceirizado da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), de Santos (SP), em circunstâncias misteriosas. O protesto está sendo chamado de “Quem matou Ricardo?”.
De acordo com nota divulgada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), Ricardo Ferreira Gama foi morto em frente a sua casa, no dia 2. Segundo o diretório, a vítima foi morta com oito tiros por quatro homens encapuzados em frente à sua casa. Dias antes, Ricardo teria sido ofendido e agredido por policiais em frente à Unidade Central da universidade, na rua Silva Jardim.
Na nota, o DCE afirma que ”chegando na Unifesp, os estudantes foram procurados pelo Ricardo, que disse ter sido procurado em sua casa pelos policiais dizendo que se estudantes não parassem de ir à delegacia, eles resolveriam de outro jeito”.
Na quinta-feira (1) à noite, viaturas com homens não fardados de cabeça para fora rondavam a universidade. “Pessoas também chegaram a ir pessoalmente à Unifesp pedir a funcionários vídeos que estudantes teriam feito da agressão, e disseram que se ele não entregasse, ‘seria pior’”.