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E você, se importa? “Tod@s somos Ricardo!”
“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo”.
Bertold Brecht
Os momentos logo após a agressão
Image
Vídeo com momentos imediatamente posteriores a agressão.
Ato: Quem matou Ricardo?
Trabalhador da Unifesp-BS assassinado. Quem matou Ricardo?
Fonte: Unifesp em luta – Blog do movimento estudantil (http://unifespemluta.wordpress.com/2013/08/07/trabalhador-da-unifesp-bs-assassinado-quem-matou-ricardo/)
Compartilhamento da campanha do Tribunal Popular.
[UNIFESP/SANTOS]Manifestação popular – “Quem Matou Ricardo?”
Na quarta feira, 31 de julho, Ricardo ? funcionário terceirizado da Unifesp Baixada Santista ? em seu horário de almoço, uniformizado e com crachá da empresa, estava fumando cigarro em frente a um imóvel vizinho à Unidade Central da UNIFESP (Rua Silva Jardim, Centro – Santos), quando chegou uma viatura com três policiais militares que o abordaram de forma ofensiva. Ricardo ao responder a ofensa foi agredido fisicamente pelos policiais, que em seguida o arrastaram para dentro do imóvel onde continuou sendo agredido, agora oralmente, pelos três policiais, enquanto pedia socorro ensanguentado no chão. Aproximadamente 50 pessoas presenciaram a cena e algumas dessas agiram verbalmente em defesa do Ricardo.
As testemunhas quiseram abrir um boletim de ocorrência e foram intimidadas pelos próprios policiais que agrediram o Ricardo. Assustadas, acoados, com as ameças feitas as testemunhas foram embora sem efetivar o B.O.
Na sequência do ocorrido, estudantes souberam por Ricardo, o qual havia retornado ao trabalho, que ele tinha sido procurado em sua casa pelos mesmos policiais, que o ameaçaram dizendo: se a denúncia continuasse sendo levada a frente, eles “resolveriam de outro jeito”.
Na noite de quinta-feira, primeiro de agosto, viaturas com policiais não fardados rondaram a UNIFESP e pessoas não identificadas estiveram no campus sondando funcionários em busca de supostos vídeos que estudantes teriam feito das agressões do dia anterior. Ainda disseram que se eles denunciassem ?seria pior?.
Entretanto, mesmo com a não abertura do B.O. e nem a divulgação de qualquer registro, na madrugada de quinta para sexta-feira, dois de agosto, quatro homens encapuzados assassinaram o Ricardo na esquina de sua casa com oito tiros.
Ficam algumas indagações: qual o (não) posicionamento da UNIFESP quanto a agressão sofrida por seu funcionário em horário de trabalho? Qual é o respaldo (conivência ou mesmo acordo) do governo estadual para que casos semelhantes a esse – envolvendo a Polícia Militar – se disseminem? De que lado o Estado ?democrático? está?
Por fim, não nos calaremos enquanto não for respondida a pergunta: Quem Matou Ricardo?
Hoje, quinta-feira, vai ocorrer a missa de sétimo dia de Ricardo Ferreira Gama na Igreja São Camilo – Rua Senador Feijó, 444 – Vila Matias.
Na sexta-feira, às 17 horas, ocorrerá a primeira manifestação popular para saber “Quem Matou Ricardo?”
ONDE: Unifesp/Campus Unidade Central – Rua Silva Jardim, 136 – Santos.
QUANDO: Sexta-feira, dia 9 de agosto de 2013, às 17 horas.